Nos idos de 1996, a Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino aluga o prédio de nº 400 localizado à Av. Santa Catarina com a finalidade de ali implantar um de seus terreiros. Antes da locação realizada pela instituição passaram por lá dois terreiros de umbanda, sendo um deles do falecido Roberto Getúlio de Barros, Roberto Guarantã, como ficou conhecido. O que ganha relevância na história de Pai Rivas, pois o mesmo, no início de sua adolescência, frequentara as giras de Roberto Guarantã, onde incorporou o caboclo Urubatão da Guia. Logo, o local tinha vínculos íntimos com a trajetória do fundador da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino.
Festival da Corte
A Festa ocorreu pela primeira vez em 2017, quando, Babá Rivas Ty Ògìyàn (F. Rivas Neto) concebeu o projeto artístico-cultural de pintura a ser realizado nos muros do Ilé Funfun Àṣè Awo Oṣo Òògun, painel então denominado "A Corte dos Òrìṣà", com representação dos deuses e das deusas das religiões afro-brasileiras, especificamente do núcleo dos Candomblés, como iniciativa de compartilhar e divulgar a toda a coletividade a cultura afro-brasileira, com apoio da Prefeitura Municipal de Itanhaém. A iniciativa pautou-se no histórico de fomento à cultura propugnado pela OICD, que foi mantenedora da primeira e única instituição de ensino superior autorizada, credenciada e reconhecida pelo MEC, a Faculdade de Teologia com Ênfase em Religiões Afro-brasileiras (FTU).
Deste modo, o painel incorporou-se ao patrimônio cultural de Itanhaém e a primeira edição da Festa contou com a participação de autoridades da cidade, como vereadores, além de artistas de Itanhaém e região. No evento houve apresentação da Escola de Samba U.A.I., de Itanhaém, de grupo de capoeira, da Editora Arché, especializada em publicações voltadas à cultura afro-brasileira, além de barracas com culinária típica, como acarajé, e de artesanato.